29.12.06

Nas batalhas seguimos sempre os ordens porque o coração pode falhar, mas na vida (no amor) segue-se o coração porque tem razoes que a razão desconhece.

23.12.06

“Como é agradável a experiência de sentir que as pessoas olham para nós, que notam a nossa presença! Por outro lado, como é desagradável quando alguém desvia de nós o olhar, finge que não nos vê! Isto magoa-nos!
Quando alguém me olha, significa que essa pessoa, pelo menos durante o instante em que dura o seu olhar, se preocupa comigo, percebe como sou e procura conhecer-me.”

22.12.06

Todos estamos felizes, o som dos sorrisos evade o silêncio da noite… contam-se histórias, anedotas e adivinhas. O som do crepitar da lenha, a lareira acolhedora e quando menos se espera tudo desaparece.
É assim a vida, quando menos esperamos nascemos, quando menos esperamos nos apaixonamos, e quando menos esperamos morremos.

19.12.06

Uma verdade

Nem tudo o que se escreve num blog, é realmente o que acontece na realidade. A imaginação invade os momentos de solidão. E surgem palavras, textos, por vezes sem nexo ou sentido... são simplesmente palavras. Não têm que estar relacionadas com a verdade, não são necessáriamente palavras a descrever sentimentos próprios, nunca o foram e nunca serão.

Conversa da Treta

Professor – Então vamos marcar o exame.
Aluno – Exame?! Qual exame? Isto também tem exame!?!?

Não te esqueças

Ignora o meu olhar. Repele-o com palavras. Mas lembra-te que quando estou mais fraca é quando estou mais forte.

18.12.06

O meu mundo é pequeno demais. Mesmo assim… não o conheces.

Sabes… a minha vida não roda somente à volta de uma pessoa, felizmente, ou infelizmente, não sei. Mas também não é isso que me incomoda ou que faz com que me sinta triste neste momento.
Estou triste, sim é um facto. Magoada, irritada, amuada, de mau humor… o que queiram chamar, não me interessa o significado que estas palavras têm, não me interessa que falem de mim, não me interessa!
Sim, fiquei desiludida. E quem não fica?
Principalmente quando pensamos algo a respeito de uma pessoa na qual confiamos e no meio de palavras quando menos esperamos sai a verdade… afinal a amizade não é como pensava… ou será que é a minha noção de amizade que está errada?
Eu pensava que um amigo contava com o outro nos momentos felizes e nos infelizes. Mesmo que o momento de felicidade do outro não lhe diga absolutamente nada. O amigo respeita sua felicidade e fica feliz simplesmente pelo facto de seu amigo estar feliz. Um amigo apoia o outro nas suas confusões, nos seus medos, nos seus receios, nas suas aventuras, nos seus desabafos, nos dias menos bons e nos momentos de plena felicidade. Um amigo não é só para os momentos menos bons, um amigo não é só para nos apoiarmos quando estamos em baixo. Acho eu… pelo menos eu, quando me considero amiga de uma pessoa, confio. E quando confio, é nos maus e bons momentos, nos receios e nas aventuras. No que penso e no que desejo… não é só para me ajudar a secar as lágrimas, quando já não encontro ninguém para as amparar.
Sim, fiquei desiludida… e depois? O que é que isso vai mudar na minha vida? Nada.
Amanhã tudo já foi esquecido, amanhã o sol vai brilhar e a relva vai ser verde. Amanhã o nascer do sol vai trazer um sorriso ao meu rosto.
O amanhã é sempre diferente. Ainda bem!!!

Os trabalhos

Estar em frente ao computador nem sempre é facil, principalmente se for um dia inteiro para fazer um trabalho. Começa a chegar o cansaço, a inspiração falha e aparecem aqueles frases filosóficas, esplêndidas do tipo: "belo é mais bonito que bonito... é belo!!!". Quando chega este momento é melhor ir dormir.

17.12.06

Confusão:

Consigo odiar as pessoas que mais adoro.

15.12.06

Momentos menos bons…

Todos temos dias maus… o que tem de mal?
Todos erramos – afinal todos somos humanos não somos máquinas programadas… ou não?
Todos choramos, todos temos sentimentos… certo?
Todos nós sonhamos, todos temos algum objectivo por muito escondido que esteja… ou serei a única?
Todos amamos e odiamos... ou escondem os sentimentos num cofre?
Todos nós somos seres humanos e por isso pensamos… não é fácil… todos sabem disso… não é fácil expressar por palavras o que sentimos… não é fácil viver sempre contra o mundo… não é fácil pensar que o mundo está contra nós…
Afinal eu sou um simples ser humano… não exijam o que não posso dar.

12.12.06

Conversa da Treta

Professor – Aqui são nuvens no feminino e aqui no masculino…
Aluno – Quer se dizer, nós agora temos que andar a olhar para o céu, para ver qual é o sexo das nuvens!?!
Professor (continua) – desculpem… no plural e no singular.

5.12.06

“Hoje o orvalho
apagará o teu nome
do meu chapéu.”

Matsuo Bashô

2.12.06

“Gostos não se discutem.”

Gosto desta chuva que cai lentamente, gosto de ver as gotas pousadas nas ervas daninhas.
Gosto deste silêncio que me envolve e apazigua todos os meus medos.
Gosto de andar descalça pela casa.
Gosto de acordar com o sol na janela e ouvir os pássaros a cantar, gosto de sentir o cheiro da maresia na aldeia perdida no mapa. Gosto de me ver ao espelho pela manhã, ainda com os olhos ensonados. Gosto de ouvir a ribeira a correr, os cães a ladrar aquele galo que tanto me irrita às seis da manhã. Os sons da aldeia são sempre belos.
Gosto de vir da faculdade de autocarro, a sonhar com o que poderia ter sido a pensar no que foi, a planear o que há-de ser.
Gosto de sonhar acordada, de imaginar – isso dá-me força para viver. Não gosto de acordar e ver esta triste realidade.
Gosto de criticar as pessoas, de “fazer filmes” o mais ridículo possíveis, de imaginar o que diriam e como reagiriam.
Gosto de te olhar discretamente.
Gostos de olhar as pequenas gotículas perdidas na janela do meu quarto, parecem lágrimas que escorrem lentamente pela face. Gosto de sentir a brisa da primavera nos meus cabelos molhados, gosto de ser livre. Gosto de observar aquilo que me rodeia, gosto de ver o nevoeiro pairar sobre o Mondego. Gosto de ver as luzes da cidade.
Gosto de recordar as situações boas do passado. Gosto de me lembrar de ti por muito que isso me angustie.
Gosto de andar á chuva.
Gosto de ver as ondas do mar a baterem furiosamente nas rochas quando é Inverno.
Gosto de ouvir a trovoada e o som forte da chuva, quando estou aconchegada nos cobertores.
Gosto que me abracem forte quando preciso de carinho.
Gosto dos dias cinzentos quando por detrás das nuvens existe um raio de sol.
Gosto de rir bem alto sem preocupações.
Gostos de ver as crianças a brincarem nas poças de àgua.
Gosto de dizer o que sinto e o que penso.
Gosto de lutar pelo que acho correcto, por aquilo em que acredito, pelos meus sonhos.
Gosto de sonhar. Ponto. Gosto de andar perdida neste universo dos pensamentos.
Gostaria de mudar esta realidade.

1.12.06

Adeus...

Ao caminhar pela rua de regresso a casa, a chuva desliza pelos seus cabelos, quando levantou o olhar para seguir em frente, encontrou uma cara conhecida, alguém que também deambulava pela rua à procura de uma resposta, de uma resolução para um problema… olharam-se nos olhos e sorriram, como quem se vê ao espelho pela manhã, logo ali se aperceberam que o tempo não volta atrás. É tudo vasto de mais, tudo corre depressa demais para se conseguir fazer tudo o que se tem em mente…
O tempo sempre foi a causa dos desamores, do Adeus tatuado na face de quem sempre se amou, do Adeus para sempre…
O sentimento de te querer perto de mim não desvanece, continuo a recordar-me do dia do Adeus, como se fosse simplesmente o início de tudo. Infelizmente era o final e não percebi a tempo de te dizer o que sentia.

29.11.06

Lágrima...

Não podia ser diferente do que já foi... esta dor da ausência de quem um dia se amou. Seria profunda a mágua do tempo já passado... uma dor que paira na alma, e não passa.
Uma lágrima que teima em cair, mas ninguém a vê.

28.11.06

Pearl Jam - Last Kiss

Composição: Pearl Jam

"Oh where, oh where can my baby be?
The Lord took her away from me.
She's gone to heaven, so I've got to be good,
So I can see my baby when I leave this world.

We were out on a date in my daddy's car,
we hadn't driven very far.
There in the road, straight ahead,
a car was stalled, the engine was dead.
I couldn't stop, so I swerved to the right.
I'll never forget, the sound that night--
the screamin tires, the bustin glass,
the painful scream that I-- heard last.

Oh where, oh where can my baby be?
The Lord took her away from me.
She's gone to heaven, so I've got to be good,
So I can see my baby when I leave this world.

When I woke up, the rain was pourin down.
There were people standin all around.
Somethin warm flowin through my eyes,
but somehow I found my baby that night.
I lifted her head, she looked at me and said,
"Hold me darlin just a little while."
I held her close, I kissed her--our last kiss.
I'd found the love that I knew I had missed.
Well now she's gone, even though I hold her tight.
I lost my love, my life-- that night.

Oh where, oh where can my baby be?
The Lord took her away from me.
She's gone to heaven so I've got to be good,
So I can see my baby when I leave this world."

27.11.06

Sintomas…

Ouço os pingos de chuva a baterem levemente na janela, parecem lágrimas que escorrem numa face humana…
Passa uma brisa gélida por mim, aconchego-me nos cobertores, e sinto um arrepio…
Sim, o Inverno já chegou……

24.11.06

21.11.06

Uma viola encantada

Ao longe ecoa aquele som, é um som que bem conheço… Adoro ouvir os acordes de uma viola… traz-me saudade de um Verão encantado à beira mar. O pôr-do-sol distante no olhar, os casais de enamorados a declarar os seus eternos sentimentos. E tu ao meu lado, simples, com um sorriso delicado nos lábios, que me transmitia a paz e confiança que precisava. Agora tudo és diferente, o sonho é diferente. Os acordes já não são os mesmos, nem tu estás mais ao meu lado…
A nostalgia revelada a cada passo, agora está em meu peito, essa tristeza efémera que não passa. Detesto dizer adeus quando quero ficar, detesto chorar quando quero esconder o que sinto por ti, detesto ter que fingir o que sinto.

17.11.06

16.11.06



"A solidão não está no banco vazio, nem na cama que não foi dividida."

Boss AC - A Carta Que Nunca Te Escrevi

"Desde o começo não sei quem és, no fundo não te conheço
Se calhar sou o culpado, se calhar até mereço
Quis confiar em ti, mas não deixaste não quiseste
Imagino as coisas que tu nunca me disseste
Às vezes queria ser mosca e voar por aí, pousar em ti
Ouvir o que nunca ouvi, ver o que nunca vi nem conheci
Saber se pensas em mim quando não tás comigo
Será que és minha amiga como eu sou teu amigo?
Será que falas mal de mim nas minhas costas?
Há coisas em ti que tu não mostras, ou já não gostas
Quantas vezes te pedi para seres sincera, quem me dera
Imagino tanta coisa enquanto estou à tua espera
Apostei tudo que tinha e saí a perder, sem perceber
Surpreendido por quem pensei conhecer
Sem confiança a relação não resiste, o amor não existe
Quando mentiste, não fiquei zangado, mas triste

(Refrão):
A carta que eu nunca te escrevi
(2x)

Não peço nada em troca, apenas quero sinceridade
Por mais crua e dificil que seja, venha a verdade!
Será que me enganas, será que chamas ao outro o que me chamas?
Será que é verdade quando me dizes que me amas?
Será que alguém te toca em segredo?
Será que é medo? Será que para ti não passo que mais algum brinquedo?
Será que exagero? Será que não passa de imaginação?
Será que é o meu nome que tens gravado no teu coração, ou não?
Eu sou a merda que vês, ao menos sabes quem sou.
E sabes que tudo que tenho é tudo aquilo que eu te dou
Nunca te prometi mais do que podia
Prefiro encarar a realidade a viver na fantasia

(Refrão):(2x)

Também te magoei, mas nunca foi essa a intenção
E acredita que ver-te infeliz partiu-me o coração
Mas errar é humano e eu dou o braço a torcer
Reconheço os meus erros sei que já te fiz sofrer
Porque é que não me olhas nos olhos quando pedes perdão?
Será que é por saberes que neles vês o refexo do teu coração?
E os olhos não mentem enquanto a boca o faz
E se ainda não me conheçes, então nunca conheçerás
Serás capaz de fazer o que te peço?
Desculpa-me ser mal educado, quando stresso
Assim me expresso, sofro e praguejo o excesso
Se conseguissemos dialogar já seria um progresso
A chama enfraquece e está a morrer aos poucos
Porque é que é assim, será que estamos a ficar loucos?
Acho que nunca soubeste o quanto gostei de ti
Esta é a carta que eu nunca te escrevi...

(Refrão):(4x)"

15.11.06


Simplesmente. Como uma gota no oceano...

A saudade... O pôr-do-sol, jamais será igual, quando estás longe de mim...




Nostalgia... Saudade... como quiserem definir este sentimento que se apodera dos corações perdidos. Lembranças que vêm á tona, sem sabermos o porquê... Paz, alegria, tristeza... tudo se apodera deste momento.

14.11.06

Conversa 2:

– Hei!!! Eu tenho um osso!!!
– Mal se não. Deves ter pelo menos 256.

Conversa de escavação da Batalha

– Quero ir à casa de banho.
– E se não houver casa de banho?
– Se não houver casa de banho, peço o livro de reclamações… Se não há casa de banho muito menos livro de reclamações!!!

10.11.06


Gostar de ti é uma honra. Odiar-te um orgulho




9.11.06

Decidi

Já há algum tempo decidi pedir a alguém que lê-se aquilo que escrevia. Essa pessoa, com toda a sua paciência, leu…
Depois disso questionou-me: “porque é que não fazes um blog?”. Encolhi os ombros e respondi: “não sei…”.
Mas… essa ideia ficou no meu inconsciente, até que enfim decidi. Por isso agora agradeço-te. Obrigada “betty-boop”.

6.11.06

Sempre comigo estarás

Avisto a tua face ao longe… és sempre igual…
Um vulto negro que persegue quem te teme. Um inimigo para quem sonha, um amigo para que já não tem nada a perder.
Uma voz chama por mim… muito baixinho, mal consigo ouvir, não consigo saber o que diz mas sei que se dirige ao meu ser. Cada vez está mais próxima, mais e mais. Quando dou conta de que posso alcançar aquela voz, ela cala-se. No silêncio da noite deixo-a de ouvir… o que se passou? Não chama mais por mim. Porque parou agora que a estava a alcançar? Nem aquela voz, que me parecia tão perto, está comigo… nem aquele sonho, que poderia ser realizável, hoje está comigo, sinto-me só, mas isso não me angustia como das outras vezes pelo contrário me dá acalmia, paz à minha alma, harmonia ao meu coração. Sei que estás sempre comigo, sei que um dia vou estar contigo e isso acalma meu coração pois sei que quando isso acontecer estarei em paz com o mundo e já não haverá mais sofrimento, não haverá mais nada. Será simplesmente o fim. O fim e pronto. Só tu podes estar comigo neste momento e para sempre, só tu Morte.

30.10.06

Duas “bolhinhas cor-de-rosa”

Quando regressava a Coimbra, enquanto percorria a estrada dentro de um autocarro atolado de caras desconhecidas, deparei-me com uma conversa entre duas raparigas que me irritou profundamente. Até que, no meio daquele conversa, uma delas resolve dizer o seguinte:
– “Tenho que ter boa média. Fogo!!! Mas é preciso ter boas notas!”
Entre outras frases deste género, deparei-me com o “tipo” de pessoas a que costumo designar por “bolhinhas cor-de-rosa”. Falaram durante uma hora sem parar, simplesmente treta, num tom que se ouvia em todo o autocarro e com um “sotaque” de quem sabe sempre tudo, tão bem ou melhor do que os outros.
Não sou dona da verdade nem nada que se pareça com isso, gosto de fugir á regra de vez em quando e também faço muitas figuras tristes em frente á multidão. Mas tudo o que é de mais é moléstia. E aquele “tipo” de conversa já me vinha a irritar, mas sei que neste mundo ainda me vou ter que deparar com muitas “bolhinhas cor-de-rosa”.

28.10.06

Um encontro inesperado

Ao recordar novas pessoas, caras há muito esquecidas. Muitos sonhos, imagens de muitos momentos aparecem como diapositivos em frente aos meus olhos.
Parece mentira, mas é difícil esquecer aquilo que nos marcou, mesmo que naquele instante não tenha tido qualquer tipo de valor para nós. Existe sempre uma nostalgia no ar, uma espécie de saudade, de voltar a trás e pensar se as coisas tivessem sido diferentes o que teria acontecido. Agora ainda estaria contigo? Não sei, é difícil de saber qual será o futuro se tivéssemos dado um passo diferente do que demos.
Sinceramente, agora, pensando bem, não me arrependo nem um bocadinho.
Ontem ao olhar-te bem nos olhos, não senti nada. Por muito que tentasse perceber o teu olhar fixo no meu, não consegui sentir nada, nem receio, nem paixão, nem ódio. Nada, simplesmente nada, não senti nada. O passado já foi…
Por incrível que pareça o teu olhar fixo no meu, não me fez vibrar, não me incomodou minimamente, não me fez sentir diferente, simplesmente fez-me ter a certeza de que na altura certa tomei a melhor decisão, não era capaz de te ter ao pé de mim, não confio em ti. Nunca confiei.

26.10.06

...

Sempre quis realizar meus sonhos, ter-te ao pé de mim, abraçar-te forte e poder ouvir as tuas palavras sábias. Menos hoje. Hoje o tremor que se apoderou das minhas pernas não foi igual como das outras vezes que te via. Foi um tremor de agonia, de orgulho, de náusea, de tristeza deplorante, não sei dizer ao certo o que senti… senti tudo menos o que sentia antes.

25.10.06

Multidão

Mais uma vez… A multidão é vasta de mais, não existe companhia… serão sempre, apenas desconhecidos… esses corpos mortos pelo chão, esses risos pelo ar, essa multidão. Será sempre desconhecida para mim.

24.10.06

Se o sol não brilha-se o que seria da noite?

20.10.06

É preferível estar com um sorriso nos lábios do que com uma dor no peito.
O sol brilha e a relva é verde, o problema é quando o céu está nublado e a relva está seca.

13.10.06

Sonho Negro… flutuando nas cinzas


O breu apodera-se do dia longo… aquele escuro que se apodera de meu corpo e meu coração. Esse frio gélido que já não me arrepia, pelo contrario dá acalmia ao meu coração, á minha alma. Agora vejo que já não tenho mais medo de ti, tu caminhas a meu lado… vem junto de mim acompanhando todos os meus passos – tu acompanhas-me Morte. Morte que tanto apavoras os sonhadores e ambiciosos, para mim és uma amiga leal, que está sempre comigo.
No cimo de um abismo, pode-se recordar um sonho à muito esperado… duas pessoas com um sonho… que só a morte o pode realizar…. Sonhos escuros… sonhos mórbidos, mas nem estes deixam de o ser.

Uma criança que despenha-se de um abismo, cai lentamente, muito lentamente, consegue-se ver o vento forte a bater-lhe na cara, a força da inércia e do peso, a gravidade que a desloca pelos rochedos a uma velocidade estonteante, mas que para nós será sempre lenta a queda…
Vai caindo, caindo… até que o seu corpo embate contra rochedos espinhosos, que já mais se viram ou imaginaram.
O vento pára de soprar, seu som já não se ouve, agora são os corvos que se apoderam de toda a monotonia auditiva… e nem um único grito de algum ser humano se despenhou durante o longo tempo que o corpo vivo levou a cair nem no embate se ouvi um – “ai!”.
Durante poucos segundos, tanto aconteceu… àquela criança… seu cérebro ficou dividido, deixou de sentir qualquer tipo de dor. Seu olho foi empurrado por um dos vértices de uma rocha até ao occipital, explodindo com a pressão. Uma das estacas perfurou-lhe o coração, deixando de existir qualquer tipo de sentimento. Outra escarpa fina perfura-lhe a caixa torácica ferindo os pulmões – como se fosse um balão de ar quente (“afundou”) – deixou de se sentir o tom leve da brisa de seu respirar. Duas pequenas pedras esparsas e espinhosas moeram as vísceras que restaram. Suas pernas ficaram como que pregadas a estalagmites que emergiam do chão, a direita pelo fémur, a esquerda no meio da tíbia e do perónio, poder-se-ia ver a água que emergia de dentro do osso, sua elasticidade não lhe bastou para não se esmagar contra tais pedras mortais.
Sua mão direita, junto ao peito, na qual sempre permaneceu um pequeno terço dourado; na sua mão esquerda, cerrada junto à boca, encontrou-se toda a sua raiva (de quem desvaneceu por ter amado de mais).
Ao seu lado na cabeceira encontrava-se um busto, parecia uma mulher, vestia uma burca negra e trazia um tridente consigo, não tinha rosto nem pés, mas movia-se pelas sombras da escuridão existente no fundo do abismo…
Acompanhei toda a queda, todo o sentimento insuportável que pairava no seu coração e na sua mente e não senti nada…
Nem pena, nem compaixão, nem dor, nem alegria, nada… o vazio foi o que se implantou no meu coração e na minha mente.
Este foi o final da criança não amada e incompreendida.

(Por favor ame todas as crianças, com toda a sua alma e coração, elas são puras e notáveis.)

13.8.06

FOGO

São quatro horas e treze minutos da madrugada do dia treze de Agosto de dois mil e seis, e o desespero começa a apoderar-se dos corações mais frágeis…

Numa noite calma de Agosto, ao se debruçar no beiral da janela do seu quarto, começou a sentir uma brisa de leve nos seus cabelos soltos. Voltou para a cama pensando que esta noite iria ser calma… mas depois do seu primeiro sonho, na alvorada da madrugada, ouviu-se o som trémulo do espanta espíritos colocado naquela janela. Pensando que nada estava perdido e que a natureza sabia o que fazia, voltou a esticar o seu corpo cansado e ensonado nos lençóis ainda quentes. Mal conseguiu fechar os olhos e ouviu ao longe o ressoar da sino da capela da aldeia (como sempre soube, aquele sino quando tocava era porque algo de alarmante acontecera) levantou-se, sobressaltada juntamente com seus pais e esperou pelo veredicto, era o que receava… o fogo… o inferno… o clarão que se avizinhava por detrás dos montes em direcção à pequena aldeia onde sempre viveu.
No auge da situação escutou-se palavras insípidas, olhares distantes, olhares que por muito que escondam derramam um pouco de água salgada. Impotentes – muitos pensam – traidores, assassinos, loucos, humanos incompreensíveis e desalmados.
Sem poder fazer nada, sentiu-se perdida, rendida ás evidencias e aos factos, e não conseguiu suster aquela lágrima que teimava em cair. Preocupada, a percorrer a casa descalça de um lado para o outro, só conseguia pensar no sonho que tinha tido e na palavra que lhe aflorava no cérebro em chamas: IMPOTENTES.

Impotentes perante o fogo
Impotentes perante a vida
Impotentes perante a morte
Impotentes perante a lei do mais forte.

Impotentes parecem
Impotentes esquecem
Impotentes serão
Impotentes perante a multidão.

Isto foi o que lhe saiu enquanto deambulava sem saber que fazer, isto foi o que lhe permaneceu no pensamento…

Com o amanhecer vieram as noticias, não eram animadoras, tinha que estar preparada para o esperar… nunca o tinha visto, nunca o tinha combatido nunca o queria ver, nunca gostara dele…

Mas o bom filho ao pai torna, se ele veio de cá, também vem para cá.

Por muito que lhe custasse não queria ver a aldeia onde nasceu esmorecer, desaparecer sob as cinzas dolorosas, sob o cheiro das almas penosas, sob o pavor da pena e sofrimento, sob o horror que o fogo deixa por onde passa.

3.8.06

Respiro fundo

No alto da montanha, por mais escondido que esteja, existe sempre um raio de sol magnífico, que aquece os corações mal amados. É fácil falar, é fácil dizer para pensar positivo quando está tudo perdido. Difícil é aguentar, uma resposta cheia de sarcasmo, sinceridade, machismo, se calhar. Algo repugnante… nunca pensei… por mais sonhos que tivesse, por mais alegria que no meu coração existisse, por mais que te adorasse, nunca pensei ouvir o que tu disseste.

Tudo passa… e isso também passará, a raiva, o ódio, até mesmo o amor passa, e o meu sentimento passará, o problema – que pode não o ser – é se o que sinto por ti se transforma em algo penoso e doloroso… grave. Não para mim.

20.7.06

Jardim botânico

Vê-se pessoas que passam por acaso, estudantes cansados que resolvem descansar um pouco depois um exame cansativo, grupos de amigos que riem e apreciam a natureza, namorados por todo o lado a aproveitarem aquele espaço de liberdade e natureza para dizerem palavras loucas um ou outro. E lá no fundo por de trás das arvores vê-se um busto… um rapaz simples que está sozinho, pensativo, sentado na beira do muro á procura de uma resposta, um concelho, uma luz, algo que lhe diga o que há-de fazer… algo que resolva os seus problemas…

Pois é, ninguém vem ao botânico sozinho, para ouvir os pássaros a cantar e respirar um pouco de ar puro, sem ter um grande porquê a rodear essa desculpa.

Não é ser perspicaz, é saber olhar para quem se gosta. Saber apreciar os gestos e tentar ler os pensamentos. E foi isso que fiz, mais nada. Não consigo deixar de ter cuidados especiais quando se trata de pessoas especiais. Sei que não fizeste nada para ser especial, mas por isso mesmo é que és especial…

Fico feliz por saber que aprecias a natureza, a paz que ela transmite a luz que transparece, fico feliz por te ver no botânico, mesmo sendo por motivos menos bons, ainda bem que escolheste o botânico.

19.7.06

Coisas típicas de homens que detesto…

Chego a odiar e a malquerer certas pessoas de quem gosto ou que mal conheço por estes tipos de actos, fico possessa, se não ficasse mal na minha pequena reputação e se a sociedade não critica-se uma falta de educação eu era capaz de tratar mal a pessoa que cometeu tais atitudes repugnáveis.
Odeio.
Odeio quando não baixam a tampa da sanita, odeio quando saem da casa de banho sem lavar as mãos.
Detesto o facto de passarem horas e horas na casa de banho a colocar cremes e mais cremes, a ajeitar o cabelo com o seu gel magnifico anti-caspa uma nova formula – esta é impecável.
Fico possessa quando me roubam o caixote do lixo e não sabem onde o colocaram, entro em neura completa quando vejo meias sujas e sapatos de todas as raças espalhados na cozinha, sala, corredor e quartos. Como se não bastasse ainda têm a mísera capacidade de deixar as suas roupas interiores na casa de banho depois do seu banho – que em média demora uma década e refilam se a agua quente se escasseia por míseros segundos.

Detesto o facto de num serão de Inverno ou Verão, começarem a abrir e fechar as portas e gavetas do armário existente na cozinha, incluindo o frigorífico, á procura de nada. E como se não bastasse deixam sempre uma ou duas portas abertas o que me coloca furiosa.
Fico cega de raiva, quando por minutos estamos a falar e começam a ressonar. Saio do meu ser se estou a chamar a atenção da pessoa de algo que fez – que para mim é grave – e faz ouvidos de marcador, “entra a cem sai a duzentos”. Apetece-me quebrar-lhe a cabeça.
Detesto quando se assoam no banho, ou quando falam disso durante a refeição.
Detesto quando chegam todos sujos e molhados a casa, depois de terem ido passear o cão ou de jogar futebol – quando já tenho o banho tomado – e resolvem dar aquele maravilhoso abraço suado.

Detesto acordar com a televisão ou rádio a altos berros ao fim de semana quando sei que tenho tempo de dormir mais um pouco.

Detesto, odeio, não aguento estas situações põe-me fora de mim, fico possessa, com cólera, e então quando isto acontece sucessivamente e tudo ao mesmo tempo só me apetece matar a pessoa, por incrível que parece estas situação aplicam-se em regra a seres do sexo masculino, não queria ser feminista ou preconceituosa, mas estas situações obrigam o meu ser a proteger-se deste facto linhageiro e hereditário do sexo masculino.

26.6.06

Noite…

Numa noite escura espero por ti. Entre as nuvens que trazem as chuvas de um Verão tropical, vejo o breu cerrado, não existem estrelas. Vejo luzes cintilantes, ao longe aquela cidade dos sonhos, da paixão imortal, dos estudantes e dos historiadores, parece plasticina, fácil de moldar. Perto as luzes intermitentes de ambulâncias que passam, o som das suas sirenes ecoa no vazio que a noite trás. Aquele silêncio eterno que acalma corações, estremece outros e apazigua o meu… uma noite bela de nostalgia, mais uma no meio de tantas passadas ao redor de uma lareira acesa durante o Inverno rigoroso. A única coisa que se ouve é o crepitar da lenha, sente-se no ar o cheiro de alguém… mas quem? A morte… talvez a vida… o desfiladeiro avizinha-se na grande cidade, existem vozes, risos penosos, tristes, contentes dilúvios de prazer… é um simples funeral que se avista lá á frente, o carro fúnebre no topo da procissão de pessoas penosas. Assim é a vida e a morte, a minha vida, a tua morte, a minha morte e a nossa vida. Se o que sonhasse fosse real talvez em teu olhar existisse o perdão e o amor, mas o teu olhar é negro como o meu.

22.6.06

Ai! Como eu era feliz…

Tudo acontece quando menos esperamos, tudo tem uma forma de aparecer na nossa vida feito um sonho…
O pior mesmo é quando temos alguma coisa ao alcance das nossas mãos e quando nos aproximamos mais um pouco, … perdemos isso que tanto queremos. Outra coisa é o facto do tempo, este tempo maldito, que não passa, que nos apavora, que foge a toda a hora, tempo malvado que só passa quando não queremos, que não passa quando queremos…
Tempo, tempo, relógio tudo está sincronizado na base da porcaria de um calendário, de um relógio, de uma droga de datas, para quê? Era bem mais fácil se fossemos como os indígenas descritos no “Papalagui”. Que não precisavam do tempo para nada, aquilo que lhes apetecia fazer era aquilo que faziam naquele momento e tenho a dizer que éramos muito mais felizes se também não ligássemos ao tempo, ás horas, ao calendário, ás luas, aos meses.

20.6.06

Cansaço…

Depois de um dia cansativo, a vontade inalcançável de esticar as costas na cama macia…
Tantos trabalhos, tantas folhas desorientadas em cima da mesa de estudo, tantos textos espalhados pelo chão, tanto esforço, tantas horas passadas em frente a um portátil, que sem sabermos porquê resolveu parar na altura mais errada, aquela altura em que acabamos de escrever o texto, estamos prestes a guardar e a mer...do computador resolveu ir abaixo sem dizer porquê, nem para quê? Apetece jogá-lo ao ar e depois mandar tudo o que está á nossa frente dar um volta…
Não apetece ver ninguém e só de imaginar que amanhã vai ser um dia longo a escrever aquilo que acabamos de fazer hoje só dá vontade de desistir...
Mas como um professor meu costumava dizer “não podemos desistir”, já que a sorte nos virou a costas (aproveitamos e apalpamos-lhe o cu) por momentos temos que pensar que amanhã o dia trás uma nossa bem-aventurança e com ela a sorte volta.
Só queria um banho quente, um abraço, umas frases de aconchego e um pouco de tempo para mim.
Para ver quem sou de onde venho e para onde vou…

Cansaço estranho este, que trago no peito, avassalador, incompreensível, cansaço de quem já amou, ou ama, de quem já sonhou, ou sonha, cansaço de quem tem olheiras de noites e noites passadas a ler textos e tentar percebe-los, alguém entende isto?

Ai…. Esta vida podia ser diferente… menos amargura…mais aventura…

18.6.06

Estudar e estudar…

Estudar para quê e porquê? Para quem?
Ninguém sabe, ninguém responde, ninguém lê, ninguém estuda, …
Decorar frases de pessoas importantes, decorar palavras estranhas ao nosso simplório vocabulário de camponês nortenho…
Estudar para quê?
Para um dia ser grande, ou para morrer no desgosto de ainda não saber tudo…
Triste desventura, esta de estudante mal amado. Não apetece estudar com o sol na janela, a brisa marítima a deslizar nos cabelos molhados do banho matinal, brilho nos olhos, como alguém que se vê pela primeira vez ao espelho e gosta da figura simples que vê, força de viver nas mãos nada calejadas, paz no peito e o que falta?
Calma e coragem para estudar, para saber coisas que não são interessante, que não dão alegria aos corações mal amados, estudar porque é essa a minha profissão… todos dizem mal da sua…
Eu não sou excepção. É tudo muito maravilhoso até ao ponto dos trabalhos e dos exames. Ai! Não tenho tempo nem para pensar em ti, nem para amar alguém por mais perto que esteja de mim. Não vejo nada a não ser papeis, textos, apontamentos com uma letra quase ilegível. Paz quando me deito por fim de tantas horas na escuridão da noite a fazer um esforço para ler mais este e aquele texto, aquele apontamento, e esta folha que é importante… Ai! Que desventura a minha!

6.5.06

Cheguei a casa…

No final da noite… cheguei a casa... as luzes da cidade eram diferentes, tinham o som dos risos cínicos que se riem de quem passa, estavam esvanecidas, como as lágrimas que corriam em meus olhos. Sofro agora porque sei que nunca foste ou serás simplesmente meu…
De pés cansados, cabeça baixa, olhos negros e paz na alma, vejo teu olhar distante, tão distante que só consigo imagina-lo… só queria ver-te é pedir-te muito…
Agora não sei o que faço ou devo fazer…
Simplesmente sei que estou a sofrer por quem já foi…

5.5.06

Simplesmente

Depois do frio que passou no coração já gélido de tanto ódio que sentia, ficou o sentimento de pura e simples solidão. Essa solidão que não tem nome nem identidade, essa solidão que fere por onde passa, esse sentimento de simplesmente só.
Não existe o outro eu, não existe o próprio, não existe ninguém, somente um ser deflagrante ao de cima da terra sedenta de sangue e tortura…
Triste desventura, foi o que pensaram, paixão talvez de quem amaram sem medida, com loucura e com prazer.
Um dia talvez seja isso o fim…

25.4.06

Penso em ti…

Penso em ti e as horas passam. Passo aqui o tempo, a pensar em ti. O vento passa, mesmo devagar, afasta-me da cara a luz que me faz ver… Sem ti, não, não sei se sou alguém… Ficou tudo aquém, naquele castelo de muralhas fechadas, vejo o teu olhar encher-se de lágrimas e uma gota a escorregar na tua face morena do sol do verão passado. Olho-te em vão, sem saber porquê. Penso em ti. Porquê?

Oi!

Mais um dia se passou…
Cá estou eu, para mais um dia difícil. Com sol na janela, brisa no cabelo molhado do banho matinal, sorriso forçado nos lábios porque não estou em casa…
Foi uma noite diferente, interessante, um pouco cansativa – os meus pés estão feitos num oito – conheci pessoas, voltei a ver outras… Mas agora é um novo dia…

19.4.06

Ao amanhecer…

Acordei cedo…
Só para sentir o perfume da maresia no ar, e aquele alegre cantar dos passarinhos ao acordar, o som da aldeia continua belo.
Estou de volta á cidade, sinto dor no peito… Este resto de semana que se avizinha vai ser complicado, tormentoso mesmo, olho o relógio a bater tic-tac, o coração bate apressado…
Olho mais uma vez atentamente e reparo – são 9h55 – está na altura de erguer a cabeça, levantar este cu pesado da cadeira, olhar de frente este mundo e sair de casa.
Esta semana tenho sempre que acordar cedo, tenho algo destinado a fazer, algo com o qual me comprometi.
Tenho o mundo para abraçar, a felicidade para encontrar, em busca de um novo olhar… vou lutar de cabeça erguida bem no alto, por algo que acredito e que mais cedo ou mais tarde irá se tornar real.

12.4.06

Porquê?

Porque é que tenho que sofrer sempre pelo mesmo motivo?
Por aquele motivo de que sou culpada e não sei qual é, isto sim, é, o que mais odeio, ser culpada e não saber de quê.
Mas enfim, é sempre isto que acontece, por mais que queira fugir e esconder-me este vício, esta droga, esta merda persegue-me, enfadonha vida de merda. Que não vale nada. Droga de vida, diriam muitos. Porcaria de tese, diriam outros. Esta vida assim não vale…
Nunca pensei que depois de tantos anos continua-se a ser culpada de algo que não sei, continua-se a sofrer sem saber, continua-se a ter sempre as mesmas desculpas que ninguém acredita, mas que são o mais humildes e sinceras possíveis.

23.3.06

Pelo menos algo que me faz sorrir…

Ao ver as fotografias tiradas numa noite, na cidade de Coimbra, desponta-se um sorriso nos meus lábios. Recordo-me de uma noite que começou mal e acabou bem. Vejo as fotos… nelas sou uma pessoa diferente… sou uma pessoa que tem sonhos e objectivos, que dentro dela existe uma paz imensa, que é feliz por momentos, que relembra tempos bem passados, jogos de futebol aos gritos, em puro delírio, tardes de riso espontâneo, jogos de prazer nas tardes frias de um Inverno rigoroso, paz, amor… isso era o que me rodeava, e nesse tempo era feliz. Nesta noite também fui feliz por um pequeno instante, pois estava rodeada de amigos, tinha sonhos e confiava em ti…

20.2.06

Se o mundo acabasse… o que me fazias? O que me dizias? O que me mostravas? O que me pedias? O que me davas? O que me confessavas? Como te despedias?

Se um dia o mundo acabar queria estar contigo poder-te abraçar. Pedir-te desculpas por não ter sido a pessoa que imaginavas ser, por um dia te fazer sofrer e outro te fazer chorar, por não te amar tanto como me amas, mas por te desejar de mais… dizia que eras, foste, és e será se existir outra vida, a pessoa mais importante na minha vida, a pessoa que me fazia rir, a pessoa que me fazia chorar, a pessoa que me ensinou a amar, a pessoa que quando eu estava triste tinha sempre uma palavra amiga, um abraço pronto a dar, alguma ternura e a frase de sempre “pronto está tudo bem! Não te preocupes tudo passa, tudo sempre passará” essas palavras loucas que eu adorava ouvir, essas frases soltas que vim a descobrir…
E agora, vejo que estás longe, não te consigo ver, não te consigo abraçar, nem te tocar…