24.8.07

O regresso do passado!

Passado voltaste para o meu presente, com garras afiadas!
Volto a lembrar-me de quem nunca esqueci... de alguém que durante anos recalquei e ignorei a sua presença notável no meu coração... mas para mim era e é a solução!


"Não sei por que você disse adeus
Guardei o beijo que você me deu
Vou pedir aos céus você aqui comigo
Vou jogar no mar flores pra te encontrar"

[Eu sei - Papas da Língua]

9.8.07

À descoberta de um novo Portugal?!

http://jn.sapo.pt/2007/07/18/pais/o_resgate_feminino.html

Se recuarmos uns 45 anos, deparamo-nos com injustiças, principalmente a nível dos direitos da mulher, que hoje em dia, praticamente nos passam despercebidos. As mulheres, eram tratadas como “escravas”, ficavam em casa: a fiar, em frente ao borralho a fazer o almoço, não tinham vontade própria. Tratadas como trapos velhos, eram essas as mulheres daquele tempo, que não tinham qualquer poder de escolha: nem a nível profissional, nem a nível pessoal – não maior parte das vezes eram obrigadas a casar com quem não queriam, por vezes suportavam traições – e tinham que estar sempre caladas, tinham que suportar o silêncio incomodo que pairava pelo ar… estavam privadas de tudo: de ir à escola, do direito ao voto, de lutar por seus direitos, eram seres manipulados pelos pais e/ou maridos. A mulher era caracterizada pela ausência total de direitos. Só para relembrar os mais esquecidos: se procurarmos nos manuais de leitura de 1932, encontraremos uma frase muito típica: “Na família, o chefe é o pai; na escola, o chefe é o mestre; na igreja, o chefe é o padre; na Nação, o chefe é o governo.”; existem factos bem mais laicos, como o simples dobrar dos sinos, quando eram mulheres que morriam estes dobravam menos vezes.
Entretanto os tempos mudaram, as mulheres deixaram de ser consideradas serventes de seus maridos, e começaram a ser reconhecidas como parte importante e integrante na sociedade. Começaram a fazer escolhas, começaram a namorar sem o mínimo de preconceito dos olhos que as observavam pela janela do sótão – bem, ninguém repara no mirone que as observa! Aos poucos e poucos aprenderam que a liberdade é de ouro, e não se troca por nada!
Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), um dos 12 direitos da mulher, é o direito à igualdade e a estar livre de todas as formas de discriminação. Com estas mudanças, as mulheres começaram a ter mais liberdade e começou-se a proclamar por direitos iguais.
Infelizmente se olharmos para a nossa sociedade, no nosso quotidiano; a mulher continua a ser discriminada a vários níveis. Se não, vejamos: Porque que é que uma mulher operária a fazer o mesmo trabalho de um homem continua a ganhar menos? Porque é que uma mulher não pode ser padre? Porque é que hoje em dia as poucas mulheres que trabalham “nas obras” são por vezes injuriadas? Será que não deveriam ser glorificadas? Porque será que as mulheres são sempre consideradas “o sexo fraco”?
Além disso, vamos reparar na maior parte das mulheres que actualmente estão casadas, têm filhos pequenos e trabalham “fora”. Vamo-nos concentrar na maioria dos casos. Estas mulheres conseguem trabalhar o dobro dos homens! Pois, além de terem o seu trabalho como os homens, chegam a casa e ainda têm uma “lida de casa” para executar! Desde fazer o jantar, tomar conta dos filhos, limpar a casa, tratar da roupa, lavar louça, até minar o marido!!! E enquanto isso, o que é que homem faz? Ficar em frente á televisão a ver o seu jogo de futebol?! Não nos podemos esquecer que ela esteve a trabalhar durante todo o dia como ele e que provavelmente também está cansada!!! “ […] os homens, aqueles que se confortaram e confortam num regime de opressão silenciosa do feminino, não só são os verdadeiros parvos da história, como não sabem o que perdem. Porque não valorizam as mulheres, porque não sabem dar o colo aos filhos, porque não gostam de limpar o pó, porque não trocam receitas. Nós, homens, somos mesmo parvos.”
Omne ignotum pro magnifico.

Tudo que se não conhece (é tido) por magnífico.