25.4.06

Penso em ti…

Penso em ti e as horas passam. Passo aqui o tempo, a pensar em ti. O vento passa, mesmo devagar, afasta-me da cara a luz que me faz ver… Sem ti, não, não sei se sou alguém… Ficou tudo aquém, naquele castelo de muralhas fechadas, vejo o teu olhar encher-se de lágrimas e uma gota a escorregar na tua face morena do sol do verão passado. Olho-te em vão, sem saber porquê. Penso em ti. Porquê?

Oi!

Mais um dia se passou…
Cá estou eu, para mais um dia difícil. Com sol na janela, brisa no cabelo molhado do banho matinal, sorriso forçado nos lábios porque não estou em casa…
Foi uma noite diferente, interessante, um pouco cansativa – os meus pés estão feitos num oito – conheci pessoas, voltei a ver outras… Mas agora é um novo dia…

19.4.06

Ao amanhecer…

Acordei cedo…
Só para sentir o perfume da maresia no ar, e aquele alegre cantar dos passarinhos ao acordar, o som da aldeia continua belo.
Estou de volta á cidade, sinto dor no peito… Este resto de semana que se avizinha vai ser complicado, tormentoso mesmo, olho o relógio a bater tic-tac, o coração bate apressado…
Olho mais uma vez atentamente e reparo – são 9h55 – está na altura de erguer a cabeça, levantar este cu pesado da cadeira, olhar de frente este mundo e sair de casa.
Esta semana tenho sempre que acordar cedo, tenho algo destinado a fazer, algo com o qual me comprometi.
Tenho o mundo para abraçar, a felicidade para encontrar, em busca de um novo olhar… vou lutar de cabeça erguida bem no alto, por algo que acredito e que mais cedo ou mais tarde irá se tornar real.

12.4.06

Porquê?

Porque é que tenho que sofrer sempre pelo mesmo motivo?
Por aquele motivo de que sou culpada e não sei qual é, isto sim, é, o que mais odeio, ser culpada e não saber de quê.
Mas enfim, é sempre isto que acontece, por mais que queira fugir e esconder-me este vício, esta droga, esta merda persegue-me, enfadonha vida de merda. Que não vale nada. Droga de vida, diriam muitos. Porcaria de tese, diriam outros. Esta vida assim não vale…
Nunca pensei que depois de tantos anos continua-se a ser culpada de algo que não sei, continua-se a sofrer sem saber, continua-se a ter sempre as mesmas desculpas que ninguém acredita, mas que são o mais humildes e sinceras possíveis.