28.5.07

Lentamente sucumbindo

Olhando para pequenas coisas que pertencem ao baú das recordações, algumas lembranças trazem um modesto sorriso aos teus lábios. Tu sabes e eu também que o fim se avizinha. Quando menos esperarmos já não está lá ninguém na poltrona da casa velha. Onde todos os natais se une a família, já não estará lá a cara com rugas, as mãos trémulas, o cabelo grisalho e o brilho no olhar ao observar os netos e bisnetos a brincarem, rirem, até memos a gritarem ou a chorarem. Um dia sei que não vais estar lá. Um dia sei que não vou ouvir mais os teus conselhos – que por vezes não entendo (é normal da juventude! – como dizes). Quando regresso á cidade e te despedes de mim como se fosse a última vez que me fosses ver desejas-me sorte, dizes para ter coragem, para alcançar os meus objectivos, para viver. Sinto um aperto no coração e uma vontade de chorar que nunca senti antes, vejo-te a sucumbir lentamente. Vejo a morte a abraçar-te aos poucos como que de uma sanguessuga se tratasse. Os familiares mais próximos dizem que temos de estar á espera do pior. Que pior? A morte só leva a dor de quem já sofreu de mais, a morte é o sono eterno. A pessoa continuará sempre connosco, no nosso coração, nas recordações do velho baú, nas fotografias a preto e branco, nos quadros que pairam pela casa velha, no meu coração e no teu também, eu sei que sim. Não há lágrimas que descrevem a dor de não ter, só o coração apertado e o sentimento de breve que nos persegue. E… quando menos esperarmos, só nos vai restar as palavras que um dia foram ditas, as fotografias que um dia foram tiradas, as gargalhadas que ficaram gravadas. O resto será pó!

Uma lágrima....

Será sempre, somente, uma lágrima... nada mais.

O melhor vizinho de sempre!!



Obrigado, por me teres avisado que tinha um vizinho muito fofo!!!!

“O Corpo Humano como nunca o viu…”


Finalmente na nossa capital!!!
A exposição "O Corpo Humano como nunca o viu…" depois de ter passado por cidades como Nova Iorque, Washington, Amesterdão, São Paulo, Londres, Miami, Seattle, Las Vegas e Durham, chegou finalmente a Lisboa, onde vai permanecer até Setembro. Encontra-se de portas abertas ao público de todas as idades, de Domingo a Quarta-feira entre as 10 e as 20 horas e de Quinta-feira a Sábado entre as 10 e as 23 horas, no Palácio dos Condes do Restelo. Com o intuito de consciencializar todas as pessoas sobre o seu corpo de forma a o respeitarem, podendo potenciar a adopção de estilos de vida mais saudáveis e uma melhoria da sua qualidade de vida e claro com fins pedagógicos e sociais.
Francisco José de Castro e Sousa (Presidente da Comissão Cientifica Nacional) afirma que "esta exposição exibe corpos humanos reais com um elevado rigor científico e total dignidade, permitindo revelar a complexidade e a beleza intrínsecas a todos nós. Enquanto cirurgião, acompanhando todos os dias casos de doenças que são consequência de comportamentos pouco saudáveis."

VI Encontro Internacional de Poetas

24 – 27 Maio de 2007
www.uc.pt/poetas

Tempo livre
Poesia do mundo ³ Nuno Júdice
Traduzido por Richard Zenith
Numa tarde de domingo, em Central Park, ou
numa tarde de domingo, em Hyde Park, ou
numa tarde de domingo, no jardim do Luxemburgo, ou
num parque qualquer numa tarde de domingo
que até pode ser o parque Eduardo VII,
deitas-te na relva com o corpo enrolado
como se fosses uma colher metida no guardanapo.
A tarde limpa os beiços com esse
guardanapo de flores, que é o teu vestido
de domingo, e deixa-te nua sob o sol frio
do Inverno de uma cidade que pode ser
Nova Iorque, Londres, Paris, ou outra qualquer,
como Lisboa. As árvores olham para outro sítio,
com os pássaros distraídos com o sol
que está naquela tarde por engano. E tu,
com os dedos presos na relva húmida, vês
o teu vestido voar, como um guardanapo,
por entre as nuvens brancas de uma tarde
de Inverno.

18.5.07

Se o mundo acabasse… o que me fazias? O que me dizias? O que me mostravas? O que me pedias? O que me davas? O que me confessavas? Como te despedias?

Os heróis de sempre…

Durante a minha infância – como todas as crianças – tinha um herói preferido, uma história peculiar: “Robin dos Bosques”. Pensava que a vida seria como esta história: que todos os romances seriam assim; que em qualquer sociedade existiam pessoas justas que roubavam aos ricos para darem aos pobres. Mas afinal, vivi muito tempo da minha vida no mundo da fantasia, da ilusão. Se olharmos em redor só nos deparamos com injustiças! Uma coisa aprendi e nunca me esqueci, algo que nessa história era verdadeiro e que se verifica em todas as sociedades de todos os tempos: a lei da Natureza “os mais fracos morrerão os mais fortes sobreviverão”. Isso sim continua a ser verdade! Mas, como seres vivos que somos todos morreremos um dia, ninguém é imortal. Só a morte será sempre a “eterna niveladora”!

15.5.07

A vontade esparsa...

Deixar o corpo cair para debaixo de uma cascata e deixar que apodreça lentamente…

8.5.07

OLÁ!


Procuro um dono. Sou um menino pequenino, preto, tenho uns olhos meigos e adoro brincar. Fui encontrado nos arcos, perto do Jardim Botânico de Coimbra e queria encontrar um lar acolhedor.

Por Favor contactem:
912203475
917242043
969869777

Obrigado

2.5.07

Sim, é verdade!

Concordo contigo Francisco: "As pessoas, quando nos falam, deviam assumir que nós sabemos mais do que aquilo que elas pensam que nós sabemos."