Busto negro na sombra da noite escura, quem será?
Respiração forte e calma – diria até, decidida – bem perto do meu ouvido…
Ternura vinda de um abraço gélido, um arrepio passageiro que faz perder a pouca força que ainda reside nas minhas pernas.
Sem força para levantar o rosto…
Sem alegria para mostrar a verdadeira face…
Sem coragem para lutar contra o inevitável…
Ali fiquei.
Aquele abraço tornou-se sufocante, cada vez era mais e mais apertado, até que deixei de conseguir respirar.
Lá ao longe ainda consegui escutar algumas palavras: “Não sentirás mais dor, vou levar-te comigo!” na profundeza da pouca consciência que me restava e sem hesitar parti com o desconhecido!
O que será que realmente acontece na “hora da morte”?
O que se sentirá?
No momento em que se passa da vida para a morte, no momento em que se perde a consciência definitivamente, qual será a sensação?
Um dia, talvez…
Quem o sabe não o diz!
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