20.7.06

Jardim botânico

Vê-se pessoas que passam por acaso, estudantes cansados que resolvem descansar um pouco depois um exame cansativo, grupos de amigos que riem e apreciam a natureza, namorados por todo o lado a aproveitarem aquele espaço de liberdade e natureza para dizerem palavras loucas um ou outro. E lá no fundo por de trás das arvores vê-se um busto… um rapaz simples que está sozinho, pensativo, sentado na beira do muro á procura de uma resposta, um concelho, uma luz, algo que lhe diga o que há-de fazer… algo que resolva os seus problemas…

Pois é, ninguém vem ao botânico sozinho, para ouvir os pássaros a cantar e respirar um pouco de ar puro, sem ter um grande porquê a rodear essa desculpa.

Não é ser perspicaz, é saber olhar para quem se gosta. Saber apreciar os gestos e tentar ler os pensamentos. E foi isso que fiz, mais nada. Não consigo deixar de ter cuidados especiais quando se trata de pessoas especiais. Sei que não fizeste nada para ser especial, mas por isso mesmo é que és especial…

Fico feliz por saber que aprecias a natureza, a paz que ela transmite a luz que transparece, fico feliz por te ver no botânico, mesmo sendo por motivos menos bons, ainda bem que escolheste o botânico.

19.7.06

Coisas típicas de homens que detesto…

Chego a odiar e a malquerer certas pessoas de quem gosto ou que mal conheço por estes tipos de actos, fico possessa, se não ficasse mal na minha pequena reputação e se a sociedade não critica-se uma falta de educação eu era capaz de tratar mal a pessoa que cometeu tais atitudes repugnáveis.
Odeio.
Odeio quando não baixam a tampa da sanita, odeio quando saem da casa de banho sem lavar as mãos.
Detesto o facto de passarem horas e horas na casa de banho a colocar cremes e mais cremes, a ajeitar o cabelo com o seu gel magnifico anti-caspa uma nova formula – esta é impecável.
Fico possessa quando me roubam o caixote do lixo e não sabem onde o colocaram, entro em neura completa quando vejo meias sujas e sapatos de todas as raças espalhados na cozinha, sala, corredor e quartos. Como se não bastasse ainda têm a mísera capacidade de deixar as suas roupas interiores na casa de banho depois do seu banho – que em média demora uma década e refilam se a agua quente se escasseia por míseros segundos.

Detesto o facto de num serão de Inverno ou Verão, começarem a abrir e fechar as portas e gavetas do armário existente na cozinha, incluindo o frigorífico, á procura de nada. E como se não bastasse deixam sempre uma ou duas portas abertas o que me coloca furiosa.
Fico cega de raiva, quando por minutos estamos a falar e começam a ressonar. Saio do meu ser se estou a chamar a atenção da pessoa de algo que fez – que para mim é grave – e faz ouvidos de marcador, “entra a cem sai a duzentos”. Apetece-me quebrar-lhe a cabeça.
Detesto quando se assoam no banho, ou quando falam disso durante a refeição.
Detesto quando chegam todos sujos e molhados a casa, depois de terem ido passear o cão ou de jogar futebol – quando já tenho o banho tomado – e resolvem dar aquele maravilhoso abraço suado.

Detesto acordar com a televisão ou rádio a altos berros ao fim de semana quando sei que tenho tempo de dormir mais um pouco.

Detesto, odeio, não aguento estas situações põe-me fora de mim, fico possessa, com cólera, e então quando isto acontece sucessivamente e tudo ao mesmo tempo só me apetece matar a pessoa, por incrível que parece estas situação aplicam-se em regra a seres do sexo masculino, não queria ser feminista ou preconceituosa, mas estas situações obrigam o meu ser a proteger-se deste facto linhageiro e hereditário do sexo masculino.